Para Liliane Sanchez dos Santos, ser filha de Ladir Menezes dos Santos é carregar com orgulho uma herança que vai muito além do sobrenome. É levar no peito o amor pela cultura gaúcha, aprendido desde os primeiros passos, e ver esse mesmo sentimento florescendo hoje nos filhos, guiados pelo exemplo do avô e também do pai, Aceny Júnior Alves Gonçalves.
Ladir é daqueles pais que educam com presença. Criado na campanha, sempre foi apaixonado por cavalo, pelos desfiles e pela vida simples dos galpões. Foi ele quem apresentou Liliane e seu irmão ao universo tradicionalista, frequentando entidades desde a infância e vivendo intensamente a Semana Farroupilha em família. “Quando pequenos, a semana Farroupilha era dedicada ao galpão. Íamos em casa apenas para dormir”, relembra Liliane.
O primeiro desfile dela foi aos 11 anos, ao lado do pai e do irmão, um momento marcante que virou ritual. Desde então, Liliane nunca mais deixou de participar. Cresceu dançando em invernadas, participando de saraus de prendas e alimentando, dia após dia, a paixão pela cultura gaúcha. Tudo isso graças ao pai, que sempre incentivou os filhos a se orgulhar das raízes e da história do nosso estado.
Esse amor, hoje, também é vivido dentro da sua própria casa. Liliane conheceu o marido Aceny durante a Semana Farroupilha, em 2011. Desde então, compartilham a vida e o tradicionalismo. Juntos, criam Maria Victoria e José Bento dentro do mesmo ambiente que ela viveu: cercado por galpão, cavalos, música nativista, chimarrão e valores como respeito, honra e família. “Com 15 dias de vida, o Bento já estava no galpão”, conta, com orgulho.
Se Ladir foi o primeiro a plantar essa semente, Aceny é quem ajuda a cultivá-la nas novas gerações. Um pai presente, que não apenas vive a tradição, mas a transmite com naturalidade aos filhos. E Liliane, no meio disso tudo, segue sendo o elo entre passado e futuro, mantendo acesa a chama de um legado que começou com o pai e que agora continua vivo nos netos.
Neste Dia dos Pais, Liliane celebra dois exemplos que a inspiram: o pai que ensinou pelo exemplo, e o marido que segue o mesmo caminho. Porque mais do que vestir a pilcha ou cevar o mate, ser pai no campo ou no galpão é ensinar com o coração.
